Café é Ponte, é Casa e é Rua

Art from https://coffeeart.com/

Sempre repetimos para fixar ou fazer refletir o que é a nossa missão: conectar pessoas.

Olhar o café apenas como um produto a ser comercializado limita esse universo todo que existe dentro dele.

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O café não é fronteira, porque não divide, nem separa; é ponte que liga pessoas de um lado ao outro. Aqui ou lá, a ponte sempre leva a algum lugar.

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Atravessar mundos, e desbravar lugares pode ser em casa lendo um livro com uma caneca na mão, ou estar no avião com a mochila do lado. O café é ler e é voar.

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Veículo para unir pessoas: que conversam, pesquisam, plantam, colhem, torram, vendem, bebem ou apenas escrevem. O café começa o dia e termina a refeição, acompanhado ou sozinho, o sabor de conforto não vai embora.

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Café tem energia com aroma, sabor e cor. Cada dose o trabalhador agradece, mas também o estudante, e mais ainda o estagiário. (rs..)

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Nosso propósito como amantes do café é: contato para aproximar os laços e permitir as trocas, e conexão para que as pessoas se encontrem e se conheçam.

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Afinal, café é caminho e é chegada.

Retrospective 2019: The year that flew and crawled – at the same time

Whenever someone is aiming to evolve it’s necessary reflecting about cycles coming to an end and other ones about to begin. Looking inside and getting in touch with the feeling is part of a constant pursuit of becoming a better person and then offering to the world a cooler version of ourselves as a person and as a business. It’s an intense movement but interesting.

Would it be dissonant affirming that 2019 was a good year? Despite many political, economic and social adversities that Brazil has been facing we could clearly see many hidden lights and shadows.

It was a cycle of many individual and collective clashes, voices that weren’t heard and speeches that didn´t match – by ideology or absence of empathy, but truth to tell, it was a huge opportunity to deconstruct concepts and to be born again.

It wasn’t different for us though. The year began with a sensation of emptiness and many questions of everything that has been done up to that moment would still make sense from that point on. A normal inquietude when you dedicate yourself entirely to a work and then it finishes – in this case it’s when coffee containers ship into the ocean. All that noise and rush suddenly silent and give voice to a mix of relief and fatigue.

Possibly most people that dedicate intensively to a project must have felt this way after its closing. It’s almost like giving birth to a child, an interesting metaphor as an analogy to this narrative.

Well after the child’s birth, there we were taken again to a bigger purpose – through waters, winds, earth, fire, energies, gods and goddess… ­– and once more with coffee, but this time from a different perspective as we were open to feel it in a balanced way between mind and heart.

Looking back from December to January more than ever we realize that 2019 was the year of encounters: we’ve been to fairs, lectures, venues, coffee field days and we had many cups of great coffees around the world. We felt how life pulsates when there’s connection and contact.

Besides all learnings – about ourselves and about Coffee – we had to learn about delegating and we’re learning every day to share tasks, which used to be in the hands of Yuki, but now the entrepreneurship grew and it doesn’t fit her hands anymore. The dream spread and it’s now stronger, as Raul Seixas (a classical Brazilian rock singer from the 60’s) would say:

A dream that it’s dreamt alone

is a dream that it’s dreamt alone

but a dream that it’s dreamt together is a reality.

After walking many paths with several challenges, insights, pleasures and reflections we now see the containers shipping, another cycle coming to and end, the child coming to life and the heart beating, not empty nor void, because gratitude occupy most of the space right here and right now.

Greetings to Coffee that allow us to live those insideout trips.

Retrospectiva 2019: O ano que voou e rastejou - ao mesmo tempo

Parar e refletir um ciclo se fechando e outro se abrindo é necessário sempre que se quer evoluir. Olhar para dentro e resgatar o que se sentiu, é parte de um processo de busca constante por ser alguém melhor; e então poder oferecer ao mundo uma versão bacana de nós mesmos enquanto pessoa e negócio, o balanço é intenso, mas é gostoso.

Seria dissonante demais falar que 2019 foi um ano bom? Apesar de todas as adversidades políticas, econômicas e sociais que o país enfrenta e enfrentou, pudemos enxergar com lucidez muitas sombras escondidas.

Foi um ciclo de muitos enfrentamentos individuais e coletivos, vozes que não se ouviram, falas que não se encontraram – por ideologia ou ausência de empatia, mas a verdade é que foi uma baita oportunidade de descontruir (conceitos...) e nascer de novo.

Assim, para nós não foi diferente, o ano começou com aquela sensação de oco, e muitos questionamentos se o que havia feito até ali faria sentido dali pra frente. Inquietação normal quando se debruça inteiramente em um trabalho e ele se encerra. (No caso concreto é quando os containers embarcam, e aquela barulheira e correria de repente silencia) dando voz ao cansaço misturado com alívio.

Possível que todos que se dedicam intensamente a um projeto já tenha passado por essa sensação pós encerramento. É quase um parto. Metáfora interessante para pensar esse enredo todo.

Pois bem, passado o pós-parto, fomos novamente levados ao propósito maior, (pelas águas, ventos, energias, deusas e deuses...) e mais uma vez estávamos ali, nós e o café, mas dessa vez o olhar foi diferente, estávamos abertos e o sentimos em harmonia mente - coração.

Cá em dezembro olhando até janeiro, percebemos que esse foi o ano dos encontros: teve SIC, participamos de feiras, palestras, eventos, bebemos muito café bão around the world, sentimos o quanto a vida pulsa quando se tem conexão e contato.

Além dos aprendizados todos – sobre nós, sobre café... – teve de se aprender a delegar, e estamos aprendendo todos os dias a compartilhar tarefas que antes estavam todas nas mãos de Yuki, mas agora cresceu e não cabe mais. O sonho se espalhou e está mais forte, como já dizia Raulzito:

“Sonho que se sonha só

É só um sonho que se sonha só

Mas sonho que se sonha junto é realidade.”

Depois dessas andanças todas, com muitos desafios, insights, regozijos, reflexões, estamos aqui vendo os containers partindo novamente, mais um ciclo se fechando, o filho sendo parido, e o coração batendo, sem vazio e sem oco, pois a gratidão ocupa muito espaço aqui e agora.

Um salve pro café: que permite viver essas viagens de dentro pra fora!